Criação das Abelhas assassinas.
Warwick Estevam Kerr, nascido em Santana de Parnaíba em 1922, foi de fato um pesquisador de universidades brasileiras e norte-americanas. Ele é conhecido por seu trabalho com abelhas e foi responsável, de forma acidental, pela introdução das abelhas africanas no Brasil. Esse evento ocorreu na década de 1950, quando Kerr trouxe algumas rainhas de abelhas africanas para o Brasil com o objetivo de realizar estudos e melhorar a produção de mel no país.
No entanto, houve um acidente durante o experimento, resultando na fuga dessas abelhas africanas, conhecidas como abelhas africanizadas ou “abelhas africanas”. Elas cruzaram com as abelhas europeias já presentes no Brasil, dando origem a uma nova linhagem híbrida, que ficou conhecida como abelhas africanizadas.
Essas abelhas africanizadas apresentaram características distintas, sendo mais agressivas e defensivas do que as abelhas europeias. Essa agressividade, combinada com sua capacidade de adaptação ao clima tropical brasileiro, levou a incidentes em que pessoas e animais foram atacados, resultando em algumas mortes.
No entanto, ao longo dos anos, as abelhas africanizadas também trouxeram benefícios para a apicultura no Brasil. Elas se adaptaram bem ao clima e ao ambiente brasileiro, e sua introdução resultou em um aumento na produção de mel e própolis. Embora tenham características desafiadoras em termos de manejo e segurança, essas abelhas têm sido importantes para a indústria apícola no país.
É importante ressaltar que as abelhas africanizadas são diferentes das abelhas nativas brasileiras, que também desempenham um papel crucial na polinização e no ecossistema local. A preservação das abelhas nativas e o manejo adequado das abelhas africanizadas são questões importantes para a conservação da biodiversidade e para a segurança das comunidades rurais.